17 de março de 2009

Vozes

Vozes ideais e amadas
Daqueles que morreram, e daqueles que são
Para nós perdidos como mortos.

Às vezes nos nossos sonhos falam;
Às vezes no pensamento as ouve a mente.

E como com o seu som por um momento regressam
Sons da primeira poesia da nossa vida-
Qual música, à noite, longínqua, que se apaga.

Konstantinos Kavafis

Ps. Para ti Lena*

3 de março de 2009

Divagações

É engraçado…
Pensarmos que, de certa forma, fomos importantes para alguém. Que fomos ombro amigo, Força, Palavra… Confidentes, gestos e conforto.
Que, na nossa mente ficou a ideia que vincamos uma pessoa pela nossa forma de ser, de agir.

Mas, na realidade acabamos por nos tornar pequenos grãos de areia, indiferenciados, confinados ao Espaço e Tempo, enfiados numa ampulheta, tão iguais e sós, esquecidos.
Enfim, nada tivemos, nada fomos….Vivemos, alguns, em ilusões vãs, esperando um reconhecimento que breve, ou nunca, tarda em acontecer…