22 de julho de 2008

Intermitências de uma Vida (1ª parte)

Fria, a superfície do vidro.
Mais uma madrugada que acorda, mais uma dia sem cor.
Fecha-se os olhos, respira-se fundo…
Observa-se através do bafo que turva a imagem. É mais um dia de espera, de reflexão…

Um barco vazio, uma folha à deriva no mar.
A constante indecisão… As portas que estão por abrir.
O medo…
Medo das escolhas…Das consequências, dos actos, dos erros…
Que o Passado se torne o Futuro!

É mais um dia de ideias soltas, de vozes perdidas, de pensamentos ocos…
Certa vez escrevi, “sou a incerteza do incerto”, estranha verdade que me assombra.

Fecham-se os olhos, respira-se fundo…
É mais um dia de espera, de reflexão….
É mais um dia insignificante…mais um que passou.