15 de agosto de 2008

Intermitências de uma Vida (2ª parte)

Por mais mulheres que a Vida me presenteie, com as quais me seduz e arrebata, é em ti que acabo sempre por me encontrar.
Tu, que baixinho sibilas meu nome, proferindo-o como um encanto.
Hipnotizas, seduzes, prendes…
Fazes-me sentir seguro na doce envolvência dos teus braços.

O Sexo é o consolo de uma pessoa quando lhe falta o Amor.”, amarraste-me a este crime libidinoso, iludindo-me…
Por mais que tente fugir, puxas-me.
A ferro me vais marcando o corpo, esboçando um mapa de cicatrizes.

Encolho-me, debruço-me no escuro…Encostado a uma parede, respiro fundo…
1, 2, 3
O pensamento, o refrão que pisca na minha mente,
I won’t let this build up inside of me…
Tenho de me libertar!

Tento clarear ideias, pensamentos, esboçar um plano de fuga….
Fazes-me sentir que a Vida é um abismo, sob o qual me debruço esperando um dia conseguir cair nela.
Como escapar ao que não tem escapatória?!

Entrego-me, aceito-te…sou o teu cativo e tu, o meu destino, o meu cancro…